Medonhos arranhões


Tão encantador
Olhou bem devagar as estrelas
Quase sorriu, pensando em besteiras
Viu tudo outra vez, quase de verdade
Sorria pensando nela

A sua menina, sua inocente pequenina
Era sua, porque se pertenciam em pensamento
Eram seus sentimentos os mais puros
Os mais agradáveis, os que ela sonhara

E ela escrevia sobre amor a todo instante
Previa situações como cartomante
Queria poder viver seus sonhos
Pelo menos uma vez, quase de uma vez

E talvez amanhã irão nos acordar
Nos abraçar e nos consolar
Um dia talvez alguém possa nos amar, alguém possa nos notar
Verão nós dois sentados derramando lágrimas de solidão

Teremos um ao outro como apenas um encosto
Cansados de errar
Seremos apenas pessoas pequenas
As que tiveram medo de sonhar

Acabados sabe se lá por que
Sabe se lá por quem
Deveríamos nos arriscar se quisermos nos salvar

Nenhum comentário:

Postar um comentário