Ídolos

Eu vivia a minha adolescência, era época de diversão, sofrer, amar, idolatrar e amar outra vez.
Eu ouvia músicas bonitas, gostava de sentir a paz e a felicidade que elas me traziam.
Algo sempre me dizia: Hey, falta alguma coisa para sua adolescência ser completa. Ora, mas é claro! Eu precisava de ídolos para chamar de meus. Me bateu aquela vontade de viver momentos bons, como os dos meus pais com os seus ídolos: o êxtase, a felicidade plena, o idolatrar, a alegria ao ver as pessoas tão amadas. Simplesmente não acreditar no fato de que aqueles seres tão maravilhosos realmente existem.
Eu procurava discos, lia entrevistas. Me simpatizei com algumas bandas, mas nenhuma ainda me completara.
Após uma longa manhã, compro uma revista, queria ler alguma coisa. Mal poderia imaginar que aquela revista estaria iniciando a melhor fase da minha vida. Em plena página 20, era apresentado um novo universo para mim.
Uma explosão de cores, respostas graciosas, sorrisos fáceis, um som maravilhoso. Eu própria me surpreendi, com aquele enorme interesse. Uma nova banda, meus novos ídolos.
Loucuras, cantar todas aquelas músicas, suspirar ao vê-los, se sentir completa ao ouvir a voz deles. É nesse estágio que me encontro depois de longos sete meses. Os meses mais felizes da minha vida, aqueles em que eu vivi e vivo a minha adolescência da melhor maneira possível.
O som da bateria começa a se espalhar pelo ar, a guitarra e o baixo vem surgindo aos poucos. Luzes, arte, pura magia. Lágrimas de extrema emoção surgem em meu rosto, um grito de felicidade saía de dentro de mim.

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