E ao meu redor as pessoas vão desaparecendo. Seguindo o seu caminho, cada vez mais distantes de mim. Aos poucos, não ouço mais as vozes e as palavras já nem existem. Fica a saudade, o aperto no peito, a esperança de que eles vão voltar. Alguns são tão ciganos, apenas uma noite e me fazem sonhar. Espero para ver o que pode acontecer se na mão do destino eu deixar, não tenho muito o que fazer, vou apenas cuidar para não esquecer do que houve e do que há. Se as pessoas desse mundo enxergassem além de carne e osso, mergulhassem em meu olhar... Seria perfeito. Escombros me restam, mas vou juntar as peças e seguir sem chorar. Te espero acordada na rua dourada que você me fez imaginar. O mundo lá fora, me fez jogar fora a semente que a gente ia plantar. Por isso meu bem, traga uma nova... Eu quero junto de ti semear. Hoje o céu está escuro, sem estrelas, mas fevereiro as trará. Que o ano acabe depressa, eu quero o seguinte, já não aguento mais esperar. Debutante engraçada, serei eu lá sentada, olhando a rua assombrada pelo passado que eu tanto quis me livrar.
Cynthya Marangon. 19. Jornalismo. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário