Autor Desconhecido


"Eu sou tão estranha. Às vezes eu gosto de ficar sozinha, de não falar com ninguém. Às vezes converso horas com qualquer um. Às vezes eu fico exageradamente triste, feliz, ou com raiva, do nada. Às vezes, eu escuto uma música milhares de vezes sem me cansar dela: "isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver". É que as músicas que eu gosto parecem ser um pedaço da minha vida. Guardo lições nelas. Às vezes eu falo coisas que não deviam ser ditas e deixo de falar às coisas que realmente importavam. E às vezes eu machuco as pessoas, às vezes elas é que me deixam em pedaços, mas não me perco. Junto, colo, guardo os pedacinhos. E sim, há vezes em que eu não peço desculpa. Algumas vezes me arrependo do que faço, do que digo, do que escolho. E quero voltar atrás. E na maioria das vezes, eu me esqueço do quanto aprendi com meus erros e do quanto eles foram necessários também, do quanto eu cresci e do quanto eu me sinto bem agora, mesmo eu sendo assim, talvez tão estranha. Às vezes, esqueço de mim. Mas hoje, marquei um encontro comigo. Fazia tempo que não me olhava de frente, de perto. Não posso me atrasar. Estou ansiosa pelo encontro! É que de repente bateu uma saudade louca de tudo, dos amigos antigos, das pessoas que passaram pela minha vida, até dos amores que não deram certo, da infância, do tempo que eu deitava a cabeça no travesseiro e só tinha coisas boas pra pensar, nada de preocupações, decepções. E ali eu tinha certeza de ser feliz! Ali eu aprendi a ser feliz, e segui praticando a lição, a duras penas. Só de pirraça, só por teimosia, decidi ser feliz pra sempre. E tenho sido, mesmo quando não sei perceber. Não tenho saudade de ser feliz, tenho saudade de quem eu sou quando reconheço isso."

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