Resenha: Bem Mais Perto

Bem Mais Perto
Autora: Susane Colasanti
Editora: Novo Conceito
236 páginas.
Classificação: ☆☆☆

Sinopse: Quando Brooke descobre que o amor de sua vida, Scott Abrams, está se mudando do subúrbio de New Jersey para Nova York, ela decide segui-lo até lá. Viver com o pai ausente e se adaptar a uma escola totalmente nova são desafiantes para ela — e as coisas ficam ainda piores quando ela descobre que Scott já tem uma namorada. Mas como ela aprende a sobreviver na cidade grande, começa a descobrir todo um novo lado de si mesma e percebe que, às vezes, o amor pode te encontrar mesmo quando você não está olhando para ele.

Em "Bem Mais Perto", somos apresentados à Brooke, uma garota de 17 anos, moradora de Nova Jersey. A caminho do terceiro ano, Brooke enxerga um universo de possibilidades para conquistar o seu amor platônico, Scott Abrams.
Mas, na festa de despedida do segundo ano, Brooke descobre que Scott está prestes a se mudar para Nova York. Não obstante, Brooke vai atrás do garoto, aproveitando para morar com seu pai, que não vê há anos.

Um ponto meio incômodo e surreal no livro é o fato de, após a mudança, Scott e Brooke morarem no mesmo bairro e frequentarem a mesma escola. Nós, personagens da vida real, podemos nos sentir confusos. Afinal, qual a probabilidade de algo assim acontecer em uma das maiores e mais movimentadas cidades do mundo?

“Lá em Nova Jersey nunca me senti verdadeiramente em casa. Eu vivia irrequieta, precisando de agitação da vida na cidade grande. Agora estou cercada de tudo que sempre desejei. E, o melhor de tudo : eu me sinto como se, finalmente, tivesse encontrado meu lugar." Página 139

Driblando a convivência difícil com o pai e confiando em sua vida nova, Brooke faz novos amigos. Sadie, uma garota de sua sala, divetida e escritora de bilhetes motivadores (warm fuzzies) e John, seu aluno de reforço portador de déficit de atenção. 

Com a convivência, Brooke e Scott se aproximam, até que a garota se declara. A partir desse momento, incia-se o relacionamento tão esperado por Brooke, mas que acaba não sendo como nos seus sonhos. 

Scott demonstra-se um namorado sem assunto e o casal passa a se entender apenas fisicamente. Chega a ser satisfatório ver a decepção de Brooke, pois a personagem me parece irritante e inconsequente ao largar uma vida toda para ir atrás de um garoto.

“A única pessoa com quem posso contar sou eu mesma. Criar a vida que quero só depende de mim. Não posso culpar meus pais, Scott ou qualquer outra pessoa pelo jeito que as coisas são. Agora que sei para onde esta vida esta indo, é hora de decidir como quero chegar lá." Página 204.

O livro torna-se mais interessante e recompensador quando a relação de John e Brooke é aprofundada. Tendo como cenário o High Line (parque natural em NYC), podemos ver o amor verdadeiro que John nutre pela protagonista. Além disso, um fato enriquecedor no livro é a mudança na postura da garota: ela passa de uma aluna desinteressada a uma pré-universitária que descobre o que quer fazer durante toda a vida. Brooke mostra-se interessada por planejamento urbano e ambiental, um amor despertado pela fantástica Nova York.

Livro clichê de amor adolescente e inconsequências da juventude, mas uma leitura leve e delicada, boa para ler em um ou dois dias.