Resenha: Sushi

Sushi

Autora: Marian Keyes

Editora: Edições BestBolso

558 páginas. (Edição de bolso)

Classificação: ☆☆

Sinopse: "Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo.

Em Sushi, somos apresentados a três mulheres: Ashling, assistente de uma revista, irlandesa, supersticiosa e que convive com sua falta de "jogo de cintura" em sua vida amorosa, Lisa, uma realizada editora de revista que vê seu mundo girar ao ser transferida para Dublin, na Irlanda e Clodagh, dona-de-casa, linda, senhora de uma vida perfeita e melhor amiga de Ashling.

O livro nos conduz por histórias paralelas que vão se intercalando aos poucos. Rico em personagens secundários, a história apresenta pontos positivos devido à personagens cativantes, como o sedutor Jack Devine e apresenta-se chata e maçante devido o excesso de informações e descrições.

— As revelações são como os ônibus, não são? — perguntou, maravilhada. — Não passa nenhuma durante horas e, de repente, passam três de uma vez. Página 542.

Apesar de manter o tom bem humorado e natural, os "rodeios" de Marian Keyes tornam a obra desinteressante. Nem mesmo alguns fatores, como a personalidade forte e a autoconfiança de Lisa, a reviravolta na vida de Ashling e a descoberta do mistério de Clodagh consegue salvar a obra. Um dos poucos pontos relevantes do livro é o desenvolvimento da relação de Ashling e Jack, personagens tão diferentes e ao mesmo tempo, tão complementares.

"- Você é uma Workaholic - vivia a acusá-la, com frustração e raiva crescentes. 
- Os homens sempre dizem isso das mulheres bem-sucedidas. 
- Não, não estou só querendo dizer que você trabalha demais, embora seja o caso. Paixão, você é obsessiva." Página 383.

A decepção com o primeiro livro que leio da Marian Keyes me desmotivou a ler suas outras obras. Mas, talvez, possam ser melhores que "Sushi".